sábado, 15 de agosto de 2009

Gripe nova e comportamentos velhos!




O que estou vendo como conseqüência da gripe suína (Influenza A- H1N1) é de assustar, pelo menos a mim. Acredito que todos também já devem ter notado, assim como também deve ter sentido e muito pouco expressado. A discriminação.
Ando ouvindo relatos sobre a exclusão das pessoas com a doença, ou até mesmo com a suspeita. Ninguém senta do lado de uma pessoa com mascara dentro do ônibus ( vai ver ela está se protegendo e já estão julgando), hospital é um suspeito, todo mundo levanta e sai de perto dele, espirra-se todos te olham, se te conhecem dizem: “é suína?”, se não te conhecem viram a cara para não respirar o mesmo ar (até uns meses atrás as pessoas eram capazes de falar “saúde” quando se espirrava, hoje querem te linchar).
Por esse processo que venho assistindo venho me surpreendendo pelo lado negativo com relação a esse quesito. Gente está virando cada um por si, e poucos pelos outros. Brinquei esses dias que estamos no fim do mundo, não que eu acredite piamente nisso, mas o fim de algo é sempre onde começa o novo e pensando assim é o fim dos tempos sim. É o fim de um ambiente puro e saudável, é o fim de um planeta que sempre deu e nunca cobrou, é o fim de pessoas acharem que são boas, é o fim de muitas coisas. Para começo de outras.
Penso em começo quando nos deparamos com esse ponto limítrofe entre saúde e doença, entre fartura e escassez, nesses períodos de transição que nos empurram para mostrar-nos realmente quem somos.
Bom fica ai uma alerta, essa questão da discriminação que está acontecendo. Pior que o vírus da gripe novo é um preconceito velho!

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