domingo, 27 de maio de 2012

O mundo não será destruido por aqueles são maus, mas por aqueles que olham e não fazem nada. – Albert Einstein.

Essa frase me marcou bastante, que acho que ela retrata bem nossa realidade e uma postura que eu abomino: conivência. Deixar quem erra errar é comodismo, é fazer com que seja abolida os espaços de diálogos, discutir o que é bom e ruim, é compactuar com a mesmisse e não poder reclamar do mundo em que se vive. Hoje em dia temos os revoltados e os conformados. Duas posturas que não levam ninguém a nada, se bem que o primeiro pode levar para o hospital dependendo do tamanho da ação. Eu prefiro estar no meu leito de morte pensando que passei uma vida lutando do que falar que passei uma vida sofrendo. Mas não sei se outros pensam assim. É uma economia de existência de vida que serve para que? Evitar a angústia no sentido existencial da palavra é deixar a vida passar diante de você. O ruim dos dias de hoje é o tal do individualismo. Lá no mestrado vi uma frase no banheiro: “A água que é sua também é de todos, preserve-a. ” Caramba, eu queria ir lá no publicitário que fez isso, mas ainda não descobri o setor. Sério, pensa se nos dias de hoje alguém se preocupa com o todo? Patavinas, eu escreveria o contrário: “A água que todos usam também é sua, preserve-a!” Ah ai eu ia querer ver o povo pensando duas vezes antes de escovar os dentes com a torneira ligada. Assim é com a política, com o mundo, meio ambiente, etc. A impressão de que a sociedade atual tem é de que: o que é de todos não é de ninguém, então faço o que eu quero. É justamente o contrário: o que é de todos também é meu e se eu fizer o que eu quero e o outro também ta todo mundo naufragado! Bom fica ai a reflexão, a falta de atitudes políticas (política no sentido original e não da bagunça que se faz em Brasília) dos cidadãos é que destroem o mundo. O pior que é se a gente deixa não dá para reclamar.

Para sempre…

Quer coisa mais claustrofóbica do que isso? Sim porque as pessoas falam: “Te amo para sempre!”, “Para sempre vamos ficar juntos!”, e blá blá, blá. Eu sinceramente tenho repugnância ao para sempre. Me sinto assim “oh, se você mudar já era... se alguma coisa acontecer você vai ter que continuar.” Imagina nisso: (com aquele voz bem grave de propaganda) “Você vai comer seu prato predileto pra sempre!”, não sei você mas eu já nem quero comer comida japonesa por uns bons meses! Ou então “você vai ficar de férias paara sempre!" Essa é mais difícil, mas ainda assim é porque estamos trabalhando que dá essa impressão de que é a solução do mundo. Quem está desempregado fala que isso é o suplicio. Ah, essa é boa: “viver pra sempre!" Nóoooooooooooooooo, vou ficando cada vez mais velha, caquética, cada vez mais atrasada (é porque com as tecnologias uma cirança de 3 anos sabe mais que um velho). E olhando sempre a minha cara, que só com muito dinheiro ficará intacta, doida para descansar. Enfim, o pra sempre dá uma sensação de que não há novidade, possibilidade, mudança... Hung! Credo! Tenho algumas idéias que permeiam essa coisa do pra sempre. Adoramos aquele momento e a intensidade é tamanha que fica difícil caber naquele momento e então o que fazemos? Jogamos para o futuro. Que bonito hein? Ai a gente se compromete enfiando o futuro que a Deus pertence (e a nós também, vale lembrar!) por conta que não sabemos bem fazer com a felicidade do momento. Além de isso vira um compromisso, é porque ai se é para sempre estamos decidindo o futuro. Isso dá um problema, por que como se explica que tudo mudou ou que simplesmente não saberemos o dia de amanhã? Concordo com Drumond “que seja eterno enquanto dure” e que fique bem claro que é enquanto durar!!!! Isso é o combinado de que acreditamos em eternidade, mas no fundo sabemos que o que faz durar não é o sentimento de eternidade e sim o comprometimento diante do que está em questão. Pensa, as coisas na vida mudam e de repente se a vida acredita no para sempre que nós falamos estamos perdidos. Amanhã eu já não quero mais essa vida, mas como eu falei que queria ela pra sempre, pronto f****. O difícil é acreditar na finitude. Poxa essa mordomia toda de férias vai acabar no final da semana..., ou que um dia você pode não mais amar o amor da sua vida porque vocês dois tomaram rumos diferentes, ou ainda que se não semear hoje a felicidade não estará ao seu lado amanhã. Ruim, né? Mas veja pelo outro lado, você pode mudar de idéia, refazer o que ficou ruim, pode ainda lutar para que o amanhã esteja melhor do que hoje e VOCÊ pode fazer algo, pode lutar! Tenho a impressão de que é melhor viver na incerteza do amanhã e na batalha diária do que cristalizar um hoje e decepcionar com o imperfeito do futuro.