sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Qual é o texto?


Bem, hoje estou sem um assunto digamos... prévio para escrever aqui. Sempre durante a semana me ocorria alguns pensamentos que gosto de desenvolver mais e acabo fazendo o texto do blog. Mas dessa vez nem veio nada em minha cabeça, nada do qual eu me indaguei ou me chamou atenção essa semana. Vivi uma vida normal. Digo normal porque as coisas começam a ser assim, passar desapercebida por nossos olhos, no corre-corre do dia-a-dia. Poderia dizer que literalmente passamos pela vida sem nos afetar pelo que vivemos. Afetar não digo no lado negativo, no sentido de te induzir a algum sentimento, seja de estranheza, alegria, tristeza, raiva, etc. E que assim possa se indagar a respeito e desenvolver conceitos sobre aquilo que viveu. Ah, parece engraçado né? “Desenvolver conceitos sobre o que viveu”, até parece que estamos escrevendo um livro ou defendendo uma tese.
Mas quem sabe a vida não esteja sendo isso, um livro que você escreve, a caneta é você e a tinta é esse tom afetivo que você dá a ela. Tem horas que é verde, azul, vermelho, preto... esses conceitos são escritos por essa tinta que chamamos sentimentos, que nos dá qualidade na vida. E o texto é o que vive o que relata da vivencia. E você, eu, todos nós temos um jeito próprio de escrita, de ir narrando nossa vida. Claro que quando se escreve a própria vida às vezes é bom lermos para os outros para saber o que foi realmente o que escrevemos. Às vezes faltou uma virgula, um ponto... uma palavra que gostaria de acrescentar. Mas como já está escrito com seus passos, o que nos resta é tentar narrar novamente o capitulo com novas palavras, narrar a vida de outra forma.
Gostei um dia da analogia que um professor deu para o que seria a psicoterapia (mais especificamente uma análise), que lá na análise você vai narrar a sua vida, ler o texto da sua vida que você mesmo escreveu e quem sabe dar um título àquilo que você disse. Eu particularmente adorei isso. Porque aliás, quando se aprende a fazer um texto a última coisa que se faz é o quê? Por o título. Oras, não é possível a priori saber o que você vai relatar no texto, isso vai fluindo à medida que vai escrevendo. Então é somente quando termina a escrita e faz a leitura o texto é que então que você pode entender o que escreveu e então falar: esse texto trata-se de tal coisa. O que é uma análise? Uma narração da sua vida para que você possa saber sobre o que está escrevendo nela. E ao final falar, minha vida aborda um pouco sobre “tal aspecto”. Por isso uma biografia nos encanta tanto, ela mostra qual o percurso que um determinado indivíduo percorreu, e sobre o que ele defendeu, viveu, sofreu e morreu.
Qual o seu texto?

2 comentários:

Anônimo disse...

Comecei a ler o artigo de hoje e senti que voce realmente se perdeu um pouco no inicio. Sem asunto? Faltou-lhe inspiracao? Ora, ora!
Mas no transcorrer do texto voce deu uma fisgada e o salvou com uma analogia interessante. O tempo e a escrita regular melhora a qualidade dos trabalhos que fazemos. O empenho e dedicacao faz a nossa vida melhor. Faz com que a caneta escreve cada vez mais com a tinta azul....
Continue firme com esse proposito, tem sido um espaco agradavel de visitar... Reflexivo...

Anônimo disse...

Xiiii! Pensei que ia encontrar um artigo novo aqui!

Cadê?

Tenha uma boa semana!