segunda-feira, 25 de maio de 2009

O sujeito e os grupos


Fiquei o fim de semana pensando o que iria escrever no blog, porém nada veio à mente. Na realidade o pensamento só viria hoje de manhã quando ao ouvir sobre o sujeito em grupos eu percebi o quanto era importante esse fenômeno e debater sobre ele. Foi em uma palestra que participei do Domenico Consenza (por sinal bem interessante), mas não era exatamente o foco da discussão tratar de grupos. Mas acabou sendo o meu foco.

Antigamente haviam grupos, e sempre ouve grupos. Pois esses são uma de nossas formas de relacionamentos. E se navegar é preciso, relacionar-se então muito mais. Os grupos fomentam discussões, opiniões diversas, contraposições, etc. Mas pensando no mundo hoje, o que são grupos? São meros agrupamentos de pessoas com mesmas opiniões. Observo os grupos de sites de relacionamentos e/ou de adolescentes, e o que se vê são pessoas cada vez mais alienadas nas suas próprias características. Há um agrupamento de pessoas que se identificam com uma certa nomenclatura e ali se encerra. Assim como: bulímica, anoréxica, depressiva, maníaca e por aí vai.

Não contraponho aqui que deixem de existir esses grupos. De qualquer forma há uma interação mínima que seja. Só que mais uma vez perguntarei: onde está o singular? Onde ele pode aparecer sem que seja pela via do tudo igual? Falo isso até em instituições mesmo, num pensamento cada vez mais consistente que encerra ali um modo de agir de determinadas empresas. É interessante porque por detrás dessa fala de “somos todos iguais com os mesmo direitos e deveres” o que há é um imperativo: “Faça! E faça desse jeito!”, que governa e limita o que há de mais criativo de cada um, que é lidar com as situações adversas.


Bom fica aí mais um tema para instigar a observação de vocês.

Um comentário:

Lucas Guimarães Figueiredo disse...

É incrivel que nescessitamos de ser aceitos por alguem. Dizemos "sou unico" quando na verdade queremos ser bem vistos em grupo da sociedade. Melhor dizendo, queremos ser notados em nosso circulo de relacionamento. Mas vejo desse ponto um fato a ser a analisado. Se há um grupo, inevitalmente tem alguma forma de liderança, esses sim, talvez possam ser seres individuais, que ao invés de ter a nescessidade de fazer parte, se tornou um icone a ser seguido. Acredito não só em um senso comum para se formar grupos, mas também a nescessidade de se espelhar em alguem faz que pessoas se juntem e formem circulos de convivencia.
Há aqueles que nascem para seguir, outros se fazem ser seguidos. Ser diferente é nescessário, mas primordial é ser aceito em um grupo por ter algo em comum. Individualismo posto a prova. Oque é mais importante? ser você mesmo? ser alguem a ser seguido? ou fazer que seja aceito em circulo?